Partimos do pressuposto de que ninguém aprende matemática por ninguém. É se implicando, se envolvendo, agindo, refletindo, registrando, argumentando, validando e ressignificando que se aprende matemática. A aprendizagem matemática requer uma querência (Freire, 2013), um envolvimento, um investimento, um risco, a possibilidade forte de erros, necessidade de reflexões e retomadas.
Aprender Matemática é também aprender a resolver problemas, ou de forma mais abrangente, vivenciar, refletir e experimentar situações-problemas. Tais aspectos vêm sendo apregoados nos referenciais curriculares nacionais e internacionais, tais como a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2018), que trazem desafios e isto se constitui tanto no objetivo maior da Matemática quanto em um dos grandes alicerces didático-pedagógicos do seu ensino.
Além disso, aprender matemática implica na construção de conceitos e estruturas mentais na forma de esquemas de ação (Vergnaud, 1993). Sua aprendizagem associa-se ao desenvolvimento de formas de pensamento lógico, de construção de linguagem e significado.
Referência
FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. São Paulo: Paz e Terra, 2013.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: a educação é a base. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2021. 2018.
VERGNAUD, G. Teoria dos Campos Conceituais. In: NASSER, L. (Ed.). Anais […]. Seminário Internacional de Educação Matemática, 1993, Rio de Janeiro, p. 1-26.